As polícias Civil de Umuarama e Cruzeiro do Oeste realizaram uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (15) para apresentar informações sobre as investigações do roubo ocorrido na casa da mãe do deputado federal Zeca Dirceu, na última segunda-feira (12).
Clara Becker, de 83 anos, foi feita de refém e ameaçada por dois bandidos armados que invadiram a residência, onde ela reside com o filho. Durante a ação, os marginais agiram de forma violenta e chegaram a jogar líquido inflamável e ameaçá-la de morte.
“Eles amarraram dona Clara com os braços para trás e amordaçaram. O tempo todo perguntavam onde estava o cofre, chegaram a torcer o dedo para confirmar que não havia um cofre dentro da residência. Jogaram líquido inflamável na vítima e ameaçaram atear fogo para pressioná-la”, detalhou o delegado de Cruzeiro do Oeste, Leonardo Queirós Araujo.
Segundo ele, logo após o roubo, as forças policiais iniciaram as investigações que resultaram na prisão de um dos autores. Ao todo, cinco pessoas estão envolvidas diretamente no crime. Caio Porô, de 21 anos, que invadiu a residência, foi preso. Já o outro comparsa, Enrico Pedro Bline Almeida Matta, de 18 anos, que participou diretamente da ação, está foragido. Além de Caio, também foram presos Vitor Gianecchin, de 21 anos, e a esposa Gabriela Silva, 20 anos. Os dois teriam dado apoio na fuga de um dos autores do assalto.
“Esse roubo durou aproximadamente duas horas. Os investigados entraram na residência por volta da meia-noite e ficaram lá até por volta das 2h da manhã. Estivemos no local e desde logo já fizemos diligências afim de encontrar os envolvidos. Através de uma investigação tecnológica conseguimos chegar ao itinerário feito pelos investigados, tendo o itinerário dos investigados juntamente com a polícia militar nos dado apoio durante toda a investigação”, explicou Araujo.
Conforme o delegado, a Polícia Civil chegou a um dos autores através do cruzamento de dados a partir de câmeras de segurança de toda a cidade. Após investigações complementares e denúncias anônimas, descobriram os dois locais onde o casal estava e montaram campana para que eles não conseguissem fugir.
Nas residências, acharam os casacos e mochilas usadas, mas não os objetos de valor roubados. Com o casal preso estava uma nota de 100 dólares, que foi roubada da casa de Dona Clara. No segundo local, a polícia percebeu que a movimentação indicava que eles estavam fugindo e seguiram o carro até Tapejara onde eles foram abordados e presos.
“No início tentaram dizer que estavam indo beber, mas, durante o interrogatório, o homem confessou que estavam fugindo”, afirmou o delegado. Além da prisão de um dos envolvidos, a Polícia Militar também recuperou parte dos objetos roubados da casa de dona Clara.